Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

3 participantes

    [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder

    Audrey Santos
    Audrey Santos
    The Godfather
    The Godfather


    Masculino Número de Mensagens : 141
    Idade : 35
    Pontos : 240
    Data de inscrição : 25/02/2009

    [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder Empty [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder

    Mensagem por Audrey Santos Ter 28 Jul 2009, 11:24

    O primeiro livro oficial contando o que realmente aconteceu com Lara após o desmoronamento da tumba do deus Hórus no fim do quarto game da série. O trecho abaixo foi traduzido do espanhol tendo como fonte o site www.trsaga.com

    Divirta-se e aproveite para ler essa história criada por Mike Resnick...


    Nome do Autor: ©️ Mike Resnick - Premiado autor de Kirinyaga
    Título Original: Lara Croft: Tomb Raider Amulet of Power
    Ano de Lançamento: Maio de 2004
    Tradução: Audrey Santos


    Prólogo

    Ao despertar sentiu uma insensível pontada na base do crâneo. Tentou tocar com cuidado, mas descobriu que não podia mover sua mão esquerda.
    O que aconteceu?, se perguntou confusa. E, seguidamente, Por que não posso respirar? Tinha a boca cheia de poeira e seu instinto a fez girar ligeiramente a cabeça antes inalar pelo nariz.
    Onde estou? Então, lentamente, começou a lembrar. Quase desejou não haver feito. Estava enterrada entre os escombros de uma tumba abaixo do Templo de Hórus, no povoado egípcio de Edfu. Algo lhe apertava o braço esquerdo contra o chão, algo maior que uma simples pedra, mas também menor que uma rocha.
    Tinha as pernas apanhadas também? Não sabia. Não as sentia.

    Tentou abrir os olhos para ver se havia luz na tumba. Conseguiu abrir o olho esquerdo. Estava escuro como a boca de um lobo. O olho direito é que estava fechado; uma lágrima misturada com a poeira havia criado uma capa de barro que a impedia de levantar a pálpebra.
    De acordo. Nada de pânico. Posso mover o braço direito?. Ela tentou. Funcionava. Valeu, não posso liberar o braço esquerdo. Está quebrado? Os dedos funcionam? Os dedos se moviam.
    O que faço aqui?
    As lembranças chegaram pouco a pouco. Set, o malvado deus egípcio ao qual ela havia libertado acidentalmente, a batalha e, finalmente, a captura do deus. E depois, no momento do triunfo, o desmoronamento do templo.
    O que aconteceu com o resto do meu corpo? Posso ficar de lado, me sentar, me mover de alguma forma?
    Tensionou os músculos disposta a tentar, a dor no crâneo se fez tão insuportável que voltou a desmaiar.

    Sonhou que estava presa em uma teia de aranha gigante. Quanto mais ela tentava se livrar, mais imóvel permanecía.
    - Tem alguém aí?
    Oh, meu Deus, pensou, ainda dentro do seu sonho, a aranha fala!
    Se retorceu para tentar se livrar, mas não podia mover nem o braço esquerdo e nem as pernas.
    - Se está aí, grita!
    Gritar para que a aranha saiba que estou aqui? Ela acredita que sou imbecil?
    - Resista! Já estou quase aí!
    Quase aqui! Eu tenho que me soltar!
    Se revoltou desesperada, mas a rede a prendia com força.
    Ouviu os ruídos, rochas que arranhavam outras rochas, e o ar se encheu de novo de nuvens de poeira. Nesse momento, um raio de luz caiu sobre ela.
    O crâneo começou a latejar de novo. Os dedos da mão direita recolheram um punhado de poeira.
    Nem uma formiga e nem uma mosca te enfrentam, aranha. Sou Lara Croft e não penso em morrer sem lutar!

    Se obrigou a abrir o olho esquerdo e viu uma mão que se aproximava dela. Era desconcertante. Jurava que as aranhas não tinham mãos.
    Tinha que ser alguma armadilha, uma forma de enganá-la para que confiasse. Esperou até que a mão da aranha estivesse a poucos centímetros de distância e jogou a poeira até onde sabia que estariam os olhos.
    - mer**! - gritou a aranha com perfeita dicção -. Por que fez isso?
    Tentou arrancar as palavras ''Se afaste de mim ou te mato!'', mas continuava com a boca cheia de poeira e só saiu uma tosse débil.
    Duas mãos começaram a retirar-lhe os escombros de cima.
    Estranho comportamento pra uma aranha.
    Derrepente. a cara da aranha parou muito próxima a sua. Era idêntica a um ser humano, um bem elegante, pra dizer a verdade.
    - Já está a salvo - disse enquanto a levantava.
    Enquanto Lara tentava lembrar se as aranhas podiam mentir, voltou a desmaiar.



    PRIMEIRA PARTE: EGITO


    Dessa vez pôde abrir ambos os olhos e quase ficou cega por uma brilhante brancura qe a rodeava. Perguntou a si mesma se o braço esquerdo funcionava. Conseguiu movê-lo um pouco, mas o notou extranho. Ao olhá-lo viu que um par de tubos saía dele. Sabia que isso queria dizer algo, mas não conseguia se lembrar o que.
    Ainda lhe doia a cabeça e tinha problemas para manter a vista enfocada. Tentou mover os dedos dos pés. Pareciam se mover. Olhou para eles para se assegurar e descobriu que não podia vê-los.
    - Meus pés! - gritou com voz aspera -. Onde estão os meus pés?
    Ouviu uma profunda risada masculina e, logo em seguida, uma mão retirou o que nesse momento Lara reconheceu como uma folha, deixando-lhe os pés despidos ao serem descobertos.
    - Se escondiam de você - adicionou uma voz divertida com um cultivado tom de voz britânico. Lara olhou ao dono da voz. Era a mesma cara que havia visto na tumba. Se tratava de um homem alto, magro, bronzeado por uma larga exposição ao sol. O cabelo parecia haver sido avermelhado em algum momento, mas o sol o havia clareado até deixá-lo praticamente branco. Sua impressão na tumba havia sido certa, o homem era elegante, embora que nesse momento precisasse de um barbeador e uma muda de roupas-. Bem-vinda de volta ao mundo. Por um momento pensei que a perderíamos ali fora. Foi tudo uma viagem - a trouxe de carro até aqui desde Edfu.

    - Onde é aqui?
    - Está no hospital do Cairo - ela o olhou sem dizer nada -. Perdoe os meus modos, permita que me apresente. Me chamo Kevin Mason - fez uma pausa -, E você é...?
    - Lara Croft.
    - Lara Croft - repetiu Mason -. Já ouvi falar de você.
    Ela continuou olhando-o enquanto tentava fazer seu cérebro funcionar.
    - Kevin Mason - repetiu.
    - Exato.
    Ela franziu as sombrancelhas.

    - Não pode ser Kevin Mason, o arqueólogo. O conheço.
    - Sou seu filho, Kevin Mason Junior - sorriu -. Kevin para os amigos.
    - Já li todos os livros do seu pai - respondeu Lara -. É um dos meus heróis.
    - Também é o meu - disse Mason -. Por isso segui seus passos e sou arqueólogo como ele.
    Lara continuava tentando afastar as aranhas de sua mente.
    - Você salvou a minha vida.
    - Só foi um golpe da sorte. Escute... bom, melhor que seja dito, senti o desmoronamento da tumba. Supondo que, se não havia caído em dois mil anos, algo devia ter provocado. Assim que escutei, eu e os meus homens me ajudaram a abri-la - a olhou com atenção -. A encontrei em condições muito ruins. Acredito que não teria sobrevivido mais uma hora abaixo dos escombros. A levei em meu carro e conduzi até o hospital de Edfu, mas estavam em meio de um de seus cortes correntes, assim que a trouxe até aqui, ao Cairo. Levei quase cinco horas no hospital.
    - E quando poderei sair daqui? - perguntou Lara.
    Mason encolheu os ombros.
    - Você foi golpeada na cabeça e sofreu uma comoção cerebral grave, mas não acreditam que tenha nada quebrado. Provavelmente estará como nova com uns dias de descanso... ainda tem que ser assegurado que seus pulmões não sofreram um dano permanente por respirar toda aquela poeira - sorriu.
    - Pode me conseguir um espelho?
    - Acredite - respondeu Mason-, será melhor que não se veja. Ainda não.
    - Por favor - insistiu.
    - Como quiser - concordou ele. Entrou no banheiro e voltou com o espelho que estava pendurado na parede -. Se lembre que eu a adverti.
    Lara pegou o espelho e estudou o rosto que via desde sua superfície. Tinha os dois olhos roxos e quase fechados pelo inchaço. Haviam colocado um pedaço de algodão na cavidade nasal direita para que ela não afundasse. Tinha os dois lábios secos, rachados e cobertos de sangue duro, a mandíbula estava bastante inchada e o cabelo continuava coberto de poeira.
    - Poderia ser pior - murmurou e devolveu o espelho a Mason.
    - Incrível - disse ele -. A maioria das mulheres haveriam se desfeito em lágrimas ao se ver assim.
    - Não sou como a maioria das mulheres.

    Nesse momento entrou uma enfermeira, caminhou em silêncio até a cama, pegou o pulso de Lara e mediu sua temperatura, rabiscou as leituras em um gráfico e se foi. Lara tentou se sentar para ver e conversar melhor com o homem que a havia salvado, mas o esforço lhe produziu uma dor intensa na cabeça e caiu de novo sobre a cama.
    - Vai com calma -lhe disse Mason-. Eu lhe disse, tem uma comoção cerebral grave - se aproximou com uma cadeira até perto da cama -. Melhor - disse enquanto se sentava -. Agora não tem que se mexer para me ver.
    - Li o artigo do seu pai sobre antigas relíquias sudanesas o mês passado - disse Lara quando a dor começou a voltar -. Era brilhante.
    - Eu a agradeço em nome dele. O Sudão se tornou também em meu campo de estudo.
    - Então, o que estava fazendo aqui no Egito, e no Templo de Hórus?
    - Sudão é minha especialidade, mas meu campo de estudo abrange todo o norte da África. Eu precisava de uma troca, por isso vim ao Egito. -Voltou a sorrir... um bonito sorriso, observou Lara. Foi uma sorte tremenda que eu tenha feito. Tirei o templo das rotas turísticas enquanto reparava em alguns hieroglíficos. Estava vazio quando desmoronou a tumba.
    - Dizer que tenha sido sorte, é uma demasiada modéstia.
    - Quem sabe não foi tudo sorte - corrigiu ele -. Se mantêm em umas condições físicas excelentes. Pouca gente haveria sobrevivido.
    - Já sobrevivi a coisas a coisas piores.
    - Eu acredito, senhorita Croft - disse levantando uma sombrancelha.
    - Creio que já ganhou o direito de me chamar de Lara, doutor Mason.
    - Kevin - disse ele.
    - Me diga Kevin, o que buscava no Templo de Hórus?
    - Bom, nada em concreto - respondeu com um encolhimento dos ombros. Ninguém excava ''por nada em concreto'', pensou ela enquanto estudava sua expressão. Bom, não há razão para que ele me conte. Obviamente não irei interrogá-lo. Salvou a minha vida, é mais que o suficiente. Como se tivesse lido seu pensamento, ele continuou falando -. Nunca se sabe que raros e belos artefatos podem aparecer nesses templos antigos. Sempre merece a pena visitá-los. Depois de tudo, encontrei você, não? - voltou a sorrir e continuou -. Ficarei no Cairo um ou dois dias para ter certeza de que está bem e depois volto ao trabalho.
    - Estou bem -disse ela -. Não há necessidade que fique.

    - Não deixo nada pela metade como arqueólogo e não penso em fazer sendo um herói - disse com ironia -. Enquanto eu for o responsável pela sua vida terei certeza de que lhe devolverei da forma certa.
    - Te agradeço, Kevin, mas...
    - Já está estabelecido - a interrompeu com um movimento da mão. Ia protestar de novo, mas a dor voltou e ela ficou quieta para esperar que diminuísse-. Sei por que eu estava no Templo - disse Mason que por um momento a olhava com atenção -, mas não tenho nem idéia do porque você estava lá.
    - Não acreditaria se eu te contasse - respondeu ela enquanto se lembrava como Set havia gritado de raiva ao ser devolvido a sua prisão.
    - Não lhe perguntarei pelo o que buscava... é um assunto seu. Mas se tivesse deixado algo entre as ruínas, seria um prazer recuperá-lo. Continuaria sendo seu descobrimento, é claro - explicou rapidamente.
    - Te agradeço, Kevin, mas não havia nada, de verdade.
    - Você levou uma boa pancada na cabeça. Se lembrar de algo, te asseguro que não sou de roubar nem relíquias e nem méritos dos meus colegas.
    - Estou certa disso.
    - Nesse lugar eles tem a norma ridícula de só alimentar aos pacientes, assim que, se me desculpa, vou sair pra comer algo -Mason se levantou-. Voltarei dentro de algumas horas pra ver como você está.
    - Já tem feito bastante.
    - Não me obrigue a lhe dar um sermão outra vez -disse ele com um sorriso.
    - De acordo. Você tem um sorriso muito bonito.
    - Você também. Creio -parecia confuso -. Quem sabe algum dia possa vê-la de verdade. - Ela tentou sorrir, mas tinha os lábios tão secos que se partiram e acabou grunindo -. Não há pressa - disse Mason -. Não adiantemos os acontecimentos... nem se quer um sorriso.
    - Disse ao qual, se foi.
    Audrey Santos
    Audrey Santos
    The Godfather
    The Godfather


    Masculino Número de Mensagens : 141
    Idade : 35
    Pontos : 240
    Data de inscrição : 25/02/2009

    [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder Empty Re: [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder

    Mensagem por Audrey Santos Ter 28 Jul 2009, 11:25

    A historia continua, mas o único trecho disponível é esse que está acima. Laughing
    Rana Croft
    Rana Croft
    Moderador
    Moderador


    Feminino Número de Mensagens : 55
    Idade : 28
    Pontos : 65
    Data de inscrição : 28/03/2009

    [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder Empty Re: [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder

    Mensagem por Rana Croft Sáb 08 Ago 2009, 15:22

    eu gostaria que o livros de TR lansasem no brasil de vez em quando...
    Será legal ter uma revista oficial só com o assunto destinado a TR
    ♦Vini Raider♦
    ♦Vini Raider♦
    Aventureiro
    Aventureiro


    Masculino Número de Mensagens : 58
    Idade : 24
    Localização : ♦Londrina♦
    Pontos : 66
    Data de inscrição : 23/04/2009

    [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder Empty Re: [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder

    Mensagem por ♦Vini Raider♦ Qui 10 Set 2009, 17:48

    Rana Croft escreveu:eu gostaria que o livros de TR lansasem no brasil de vez em quando...
    Será legal ter uma revista oficial só com o assunto destinado a TR
    Tomb Raider e´fanatico no brasil entao bem que podiam colocar o seriado dela
    revistas livros e especiais

    Conteúdo patrocinado


    [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder Empty Re: [FIC]Tomb Raider: O Amuleto do Poder

    Mensagem por Conteúdo patrocinado


      Data/hora atual: Sex 26 Abr 2024, 19:04