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    (4x01) Capítulo 11 - Abaixo Do Lago

    Hugo
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    Mensagem por Hugo Sex 08 Jan 2010, 10:59

    Tomb Raider: A Herança dos Sacerdotes
    Escrito por Richard Bentham

    Parte 4 – O Fim Da Linha


    Capítulo 11 - Abaixo Do Lago

    TASMÂNIA, AUSTRÁLIA – HORAS ANTES

    - Como assim você vai até a base de Rutland? Perguntou Zip incrédulo.
    - Zip, não tenho tempo para rodeios. Qual a localização da base dele? Constanza precisa de uma rota.
    - Mas... mas Lara, você não devia ir primeiro à Madagascar? Quer dizer, se lá...
    - Sim Zip, ótima idéia a sua também. E o que devo fazer ao chegar em Madagascar? Simplesmente me jogar em qualquer ponto e procurar por um pergaminho enterrado em qualquer lugar? Qual você acha que é o tamanho dessa ilha?
    - Não é isso, é que...
    - Zip, a localização da base de Rutland, por favor.
    - Certo, disse Zip emburrado, vou passá-la ao Constanza.
    Minutos depois, Constanza informou:
    - Tudo certo Senhorita Croft. Vamos levantar vôo.
    Em questão de minutos eles estavam voando para longe da tempestade na Tasmânia, em direção à Suíça, que era onde a base de Rutland ficava, segundo as informações dadas por Zip.
    - Agora você pode nos dizer por que vai à base de Rutland? Perguntou Zip.
    - Não posso arriscar deixar que ele chegue sequer perto do último fragmento do pergaminho. Fora que lá é onde eu aposto que irei encontrar a localização exata do do pergaminho madagascarense.
    - Não é melhor tentar conseguir essa informação em Madagascar mesmo, ou tentar Pará-lo de lá?
    - Não há como Zip, entenda! É muito melhor Pará-lo antes! Eu também posso conseguir na base os fragmentos que ele já possui, e destruí-los.
    - Ou você também pode perder o seu fragmento.
    - É um risco que irei correr.
    - Esse também não me soa um bom plano, disse Alister que estava calado até então, mas parece que não há nada que possamos fazer para mudar sua idéia.
    Lara não respondeu. Passaram-se algumas horas no jatinho até que Constanza, o piloto, disse pelo rádio:
    - Nós chegamos perto da área indicada pelo Zip, Lady Croft. Porém tenho más notícias: eu não tenho onde pousar essa coisa.
    Lara olhou pela janela. Estavam sobrevoando um lago numa extensa floresta temperada. Não havia sinal de civilização em um grande raio.
    - Zip, pegue nossa localização e encontre um campo o mais próximo possível onde, seja possível pousar.
    - Entendido, Lara.
    Poucos minutos, o piloto voltou a falar:
    - Certo, Srta. Croft! Vamos pousar.
    Lara olhou pela janela novamente. Estavam pousando num grande campo, num vale. Logo o jatinho tinha finalmente pousado. Lara e Constanza desceram. Lara DEU uma boa olhada ao redor. Depois falou:
    - Zip, passe o mapa da localização da base de Rutland para meu PDA.
    - Passando Lara...
    - Quais as ordens, Srta. Croft? Perguntou Constanza.
    - Apenas espere por mim aqui Constanza, eu irei voltar. Você é a única maneira que tenho de sair daqui. Qualquer imprevisto – não haverá – mas se por algum acaso houver, Zip o avisará.
    - Ok, Srta.
    Lara se ajeitou, tomou fôlego e saiu caminhando do campo em direção à floresta.
    - Vai ser uma boa caminhada - disse Lara, checando o seu PDA - mais ou menos uma hora.
    - Que belo lugar Lara – comentou Alister.
    - Sim, é mesmo. Mas está muito frio – disse Lara.
    A floresta era uma clássica floresta temperada, composta quase inteiramente de pinheiros com uma boa distância uns dos outros. Não seria uma caminhada difícil.
    - Zip – disse Lara – Alguma notícia importante no mundo causada pelo pergaminho?
    - Por que você não vê no seu PDA?
    - Porque estou meio ocupada salvando o mundo. Dá para dizer?
    - Bem, basicamente ta um caos na Austrália. Tasmânia e costa sudeste.
    - A maldição foi liberada lá também – disse Alister – Lara, é uma boa ideia continuar com isso?
    - Continuar é a única maneira de acabar com isso, Alister – respondeu Lara.
    - Verdade - comentou Zip, - isso parece...
    Crac. Algo se mexeu nos arbustos atrás de Lara.
    - Shhh... – disse Lara. Ela sacou a arma e ficou em alerta – Ouvi algo.
    Lara, com as suas pistolas em mãos, procurava a origem do ruído. Não encontrou. Lara guardou as pistolas.
    - Deve ter sido impressão...
    De repente, um alto rugido de congelar a espinha fez Lara se assustar e sacar sua arma novamente, porém tarde demais: um enorme urso saiu de trás de um dos arbustos e atacou Lara desprevenida, ferindo sua perna e fazendo-a cair. Por reflexo, Lara atirou e acertou o lombo do urso, fazendo-o ficar mais bravo e por pouco não a pisoteou. Lara rapidamente se levantou, com a perna ferida e com o urso na mira, foi andando calmamente para trás. O problema é que não havia mais chão para ser pisado, apenas uma íngreme ladeira. Lara escorregou e rolou ladeira abaixo.
    - Lara! Gritaram Zip e Alister juntos.
    BAM. Lara chegou no fim da ladeira, estatelada no chão. Tudo que conseguiu fazer foi soltar uma exclamação.
    - Lara, Lara você está bem? Perguntou Alister desesperado.
    Aos poucos, Lara foi ordenando a consciência e conseguiu sentar-se.
    - Já fui menos desastrada – disse Lara. Mas não quebrei nada. Acho. É, não quebrei nada, mas minha perna dói.
    Lara abriu sua mochila, tirou um kit médico, tratou da perna e levantou-se. Era possível andar sem problemas.
    - Ei Lara – disse Zip – Parece que esse tombo lhe economizou meia hora de caminhada.
    Lara checou o PDA. Realmente estava na metade do caminho. Dali, era possível ver um enorme lago no meio da floresta. Mas nenhuma base.
    - É. Hora de continuar.
    Com mais cuidado, e mais alerta, Lara seguiu pela floresta, descendo todos os barrancos e ladeiras até o lugar indicado no PDA. Em meia hora, chegou ao lago, e ao lugar da suposta base no PDA.
    - Chegamos – disse Lara, satisfeita.
    - Não vejo nenhuma base – disse Zip.
    - Está bem aqui Zip – disse Lara.
    - Onde? Perguntou Alister confuso – Também não vejo base nenhuma.
    - Vocês verão num piscar de olhos – disse Lara, e tomando fôlego, mergulhou no lago.
    Lara mergulhava cada vez mais fundo no lago. Era bem escuro ali embaixo, e ela precisou ligar seu PLS para enxergar. Procurou mas não encontrou sinal da base, nem de algo que indicasse ela ali. Voltou à superfície para pegar fôlego.
    - Sem sorte, Lara? Perguntou Zip.
    - Nada ainda – disse Lara – Mas a base está ali, eu sei que está. Tenho uma ideia.
    Lara mergulhou novamente e foi até o fundo do lago. Começou a afastar a areia do fundo do lago. Pegou uma pistola e bateu com força com ela contra o fundo do lago. Um som metálico soou. Lara voltou à superfície.
    - A base está mesmo aqui embaixo - disse sorrindo – Só preciso encontrar alguma passagem.
    Lara dessa vez tomou bastante fôlego e mergulhou novamente. Porcurou por túneis nas paredes do fundo do lago. Encontrou uma passagem. Seguiu por ela, chegou numa espécie de caverna que era um bolsão de ar. Saiu da água. Deu de cara com sistemas de refrigeração e tubos de ventilação instalados contra a parede da caverna.
    - Aha! – disse Lara.
    - Tubos de ventilação. Nada mais original, não é Lara? Comentou Zip, rindo.
    - Enquanto funcionar – disse Lara – não vou me importar se é original ou não.
    Lara tirou a grade do tubo de ventilação e seguiu cuidadosamente por ele.
    - Como você sabe onde isso vai dar Lara? Perguntou Alister.
    - Eu não sei, Alister.
    - Mas...
    - Shhh cara – disse Zip – Lara, vai demorar muito aí? Você ta meio devagar demais.
    - Calma Zip, não é tão fácil quanto parece.
    - Há, como se nunca tivéssemos feito isso antes!
    - Isso foi há algum tempo Zip – observou Lara – Já parou para pensar que eu talvez esteja ficando velha demais para isso?
    Zip riu,
    - Você nunca vai estar velha para isso, Lara.
    Lara parou. Encontrara uma grade por onde poderia sair. Aproximou-se cuidadosamente. A sala que se via abaixo estava mal iluminada, porém era possível ver que estava vazia. Lara removeu a grave cuidadosamente e desceu. Olhou ao redor. O lugar era uma espécie de central de energia, com vários cabos de alta tensão, quadros de eletricidade, computadores e, apesar de parecer importante, nenhum monitoramento, nem de guardas, nem de câmeras.
    - Como um lugar desses é tão fácil de ser invadido? Perguntou Alister surpreso.
    - Talvez Rutland achasse que colocar a base embaixo de um lago no meio de uma floresta fosse o suficiente.
    - Estúpido – disse Zip – Se ele fosse inteligente, saberia que o tipo de pessoas atrás dele encontrariam esse lugar, e que ele deveria colocar seguranças, ou pelo menos câmeras.
    - Pois é... – disse Lara – Esse é o Rutland. Mas agora chega de conversa.
    Lara aproximou-se da porta de saída da sala e notou que ao lado da porta pregado na parede, havia um mapa, a planta da base.
    - Muito conveniente - disse Lara – Zip, pegue esse mapa e passe para meu PDA.
    - É pra já, Lara.
    Lara observou a planta. A base parecia ter o formato de um vírus. Se as suposições dela estavam certas, ela estava na Central de Energia e, portanto, convenientemente bem ao lado do escritório de Rutland. Mas ela primeiramente iria ter que passar pela sala principal, bem do outro lado da porta à sua frente, para depois ir à sala de Rutland.
    - Bem – disse Lara, pegando na maçaneta – Vamos lá, cuidadosamente.
    Lara abriu a porta de metal fazendo o menor barulho possível. Fechou-a e se viu na sala principal. O lugar era colossal. A forma hexagonal, paredes, chão e teto todos de metal, vários contêineres. E, no centro, havia um helicóptero pousado.
    - Como é que essa coisa foi parar aí embaixo do lago? Perguntou Zip, estupefato.
    Havia quatro ou cinco guardas rondando o local. Para Lara, seria fácil não ser notada, por ser rápida e estar sempre nas sombras, além de também usar os contêineres para se esconder. Rapidamente chegou às portas do escritório de Rutland. Lara sacou a arma.
    - Hora de acertas as contas.
    Abriu a porta.
    Mas para a sua surpresa, não tinha ninguém dentro da sala. Entrou rapidamente e fechou as portas.
    - Onde aquele cara se meteu? Perguntou Alister.
    - Não sei. Mas vamos aproveitar que ele não está e conseguir algumas informações.
    Lara começou a vasculhar as escrivaninhas e armários da sala de Rutland e encontrou muitos papeis com dados imporantes.
    - Aqui – disse Lara, com vários mapas na mão – Rutland tem aqui a localização aproximada de cada pedaço do pergaminho. O último pedaço está mesmo em Madagascar... hum... deixe-me ler as anotações... costa oeste, tribo dos Sakalavas. Parece que eles o mantêm em um tal de Templo do Sacerdote.
    - Sakalavas? Templo do Sacerdote? Perguntou Alister.
    - Sim – disse Lara – Eu conheço, já li sobre a tribo. Eles são nômades, habitam a costa oeste de Madagascar. Sei mais ou menos a localização.
    - Ok, anotado Lara – informou Zip.
    - Certo... – disse Lara – Agora vou dar o fora daqui. Se Rutland não está aqui...
    Lara parou de falar subitamente. Viu, no alto de um dos armários de Rutland uma caixa de ouro, que não notara antes.
    - Lara? O que...?
    Lara aproximou-se do armário e pegou a caixinha. Analisou-a bem. Havia um Ankh egípcio gravado sobre a sua superfície de ouro, e uma pequena fechadura. Pensou. De repente, abriu sua mochila e tirou lá de dentro uma chave: a chave dourada que encontrara na tumba do sacerdote egípcio. Testou a chave na fechadura da caixa, e a chave serviu. Girou-a. A caixinha abriu. Lara soltou uma exclamação.
    - Lara – disse Alister, perplexo – O que é isso...?
    Lara olhou atentamente para a adaga dentro da caixa. Lembrara-se de tudo agora: de como acordara no Templo de Hórus desmoronado, de como encontrara e confrontara Seth pela segunda vez – e como encontrara a adaga que agora estava naquela caixa. Mas como Rutland conseguira aquilo? Lara pegou a adaga dourada e contemplou-a. Logo depois, guardou-a na bota.
    - É a Adaga de Hórus, Alister. A das escrituras australianas. É a única arma contra o Pergaminho do Tempo.
    Lara fechou a caixinha e colocou-a de volta ao topo do armário, mas esqueceu-se da chave em cima da mesa. Sacou a arma.
    - Tenho que sair daqui. Vamos à...
    A porta abriu subitamente. Um capanga entrou.
    - Sr. Rut...
    BANG. BANG.
    Lara assustou-se e, por reflexo, atirou na cabeça do capanga, fazendo tombar no chão, morto. Um capanga ao longe ouviu o tiro e viu Lara dentro da sala. Seus olhos se encontraram com os de Lara por um instante, e então ele saiu correndo. Segundos depois, o alarme começou a soar.
    - Droga! Disse Lara, e apressou-se para correr de volta à Central de Energia, onde tinha certeza que havia uma saída. Estava quase alcançando a porta quando os capangas começaram a chegar. Um deles gritou:
    - Pare aí mesmo, ou vou atirar!
    Lara continuou a correr. O guarda atirou perto de Lara. Ela parou. Cerca de dez capangas chegaram e cercaram Lara na sala principal.
    - De joelhos.
    Lara não obedeceu. Um capanga lhe deu um coronhada no lado direito do rosto e chutou sua pernas, fazendo-a cair de joelhos, atordoada, e tirou sua mochila, suas pistolas, seu headset e seu PDA, jogando-os no chão. Da testa de Lara, gotejava sangue, que caía sobre seu PDA.
    - Com licença, me deixem passar – disse uma voz conhecida. Logo, abrindo espaço por entre os capangas, surgiu Rutland. Ele parou e sorriu.
    - Ora, ora – disse Rutland – Lara Croft. Há quanto tempo não nos vemos...
    Ele voltou a sorrir desdenhosamente. E então, finalmente ordenou:
    - Amarrem-na!

      Data/hora atual: Qua 08 maio 2024, 10:02