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    (4x03) Capítulo 13 - Tempus Fugit

    Hugo
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    Mensagem por Hugo Seg 26 Jul 2010, 13:44

    Tomb Raider: A Herança dos Sacerdotes
    Escrito por Richard Bentham

    Parte 4 – O Fim Da Linha


    Capítulo 13 - Tempus Fugit

    “Mulherzinha burra”, pensava Rutland, com um sorriso triunfante no rosto, enquanto observava Lara Croft amarrada e cercada por seus capangas lá embaixo na base, de dentro do helicóptero, que estava nesse momento passando cuidadosamente pelo teto da base.
    - Certeza que tem combustível o suficiente para chegar à Madagascar? Perguntou Rutland gritando ao piloto, devido ao som do helicóptero.
    - Talvez tenhamos que fazer uma parada senhor. Não deu tempo para preparar tudo como eu deveria, o senhor simplesmente decidiu partir de uma hora para a outra.
    - Senhor, veja isso! Gritou um dos capangas que estava no helicóptero.
    Rutland olhou para baixo, para a base, e não acreditou no que seus olhos viam.
    - O que diabos é isso? Gritou Rutland.
    Havia muita movimentação e disparos na base. E, dentre a confusão, correndo de um contêiner para o outro, Rutland viu a razão de tudo aquilo: Lara Croft havia se soltado.
    - Mas como...
    - Quer que eu volte à base, senhor?
    - Não! Disse Rutland – Temos que continuar. Comunique-se com a outra base e peça reforços... Vou precisar deles quando chegar à Madagascar.
    - Ok, senhor.
    O piloto pegou o rádio e Rutland enterrou o rosto nas mãos, transtornado. Como ela conseguira novamente? Mas tudo bem, os seus capangas não deixariam ela se safar... não era?
    - Droga! Disse Rutland, socando a perna.

    ******

    42 MINUTOS DEPOIS

    Lara subiu nas margens do lago, exausta. Onde estaria Rutland àquela hora? Será que ela chegaria à tempo? Ela contemplou a floresta à sua frente: a volta seria mais difícil sem equipamentos, confiscados na base agora submersa, e sem barrancos para escorregar, e sim apenas para escalar.
    A vegetação à frente começou a se mexer. Depois vieram ruídos. Lara, retirando a Adaga de Hórus da bota, a única arma que tinha agora, preparou-se para o pior. Subitamente, de dentro da floresta, veio correndo Constanza, o piloto do jatinho de Lara, com uma pistola na mão.
    - Constanza! Disse Lara – O que você está fazendo aqui?
    - Zip e Alister me disseram que algo tinha dado errado, então...
    - Você planejava invadir uma base?
    - Ei, eu vim armado e posso ser perigoso! Disse Constanza, estufando o peito. Lara riu.Depois perguntou:
    - Tem alguma arma sobrando?
    Constanza deu à Lara uma pistola.
    - Assim é bem melhor – disse Lara – Vamos voltar ao jatinho.
    Lara achou que seria mais difícil andar acompanhada pela floresta, porém a presença de Constanza acabou facilitando a superação de alguns obstáculos que exigiam que os dois trabalhassem em equipe. Após de cerca de mais de uma hora, os dois estavam de volta ao campo onde o jatinho estava pousado. Ele entraram na aeronave. Lara foi direto procurar seu inventário reserva, e logo estava equipada novamente. Ligou o headset.
    - Zip, Alister?
    - Lara! Disse Alister numa voz perceptivelmente emocionada – Você está bem?
    - O que aconteceu, Lara? Perguntou Zip.
    - O plano não saiu como deveria, e temos menos tempo ainda a perder, mas estou bem e de volta ao jatinho. Zip, quero que você passe as coordenadas exatas da localização da tribo dos Sakalavas para Constanza.
    - Passando, Lara.
    - Eu pesquisei sobre os Sakalavas, Lara – disse Alister – e eles eram nômades. Como você espera encontrar a localização exata deles?
    - Eles estão sempre na costa oeste de Madagascar.
    - Bem, a costa oeste de Madagascar é grande...
    - E haverá um helicóptero lá – disse Lara.
    - Lara, passei as coordenadas da última localização registrada da tribo. Se eles ainda estão lá...
    - Pronto para partir, senhorita – anunciou Constanza. Lara deu ok. O jatinho partiu.

    ******

    Rutland desceu do helicóptero e pisou na areia fofa da praia. Haviam chegado à Madagascar, e os reforços estariam chegando logo em seguida. Ele pegou o celular.
    - Avise que chegamos à Madagascar – disse Rutland, ao celular. A voz do outro lado disse:
    - Certo, siga as instruções corretamente. E Lara Croft?
    - Eu realmente não sei. Não consigo me comunicar com a base. Mas vou me prevenir. Se ela aparecer, darei um jeito nela.
    - Não se esqueça das minhas ordens...
    - Ok, não esquecerei – e desligou.
    Cerca de quinze minutos depois, o helicóptero com os reforços chegou. Rutland disse à um dos capangas com um morteiro:
    - Você fique aqui na praia. Se Lara Croft se aproximar da ilha, e ela irá se aproximar, exploda o avião, o barco, o que quer que seja. Mas assegure-se de que ela não morra. Tudo o que quero é dificultar a saída dela da ilha.
    - Sim senhor.
    Rutland juntou os outros homens, deu instruções e checou os mapas. Finalmente, virou-se para a floresta e disse:
    - Vamos.

    ******

    Passaram-se algumas horas, nas quais Lara narrou o que acontecera na base à Zip e Alister, até que Constanza informou:
    - Srta., estamos sobrevoando a costa oeste nas coordenadas que Zip passou.
    - Veja se você encontra um helicóptero – disse Lara.
    Alguns instantes se passaram, e Constanza disse:
    - Sim, eu vejo. Há dois helicópteros na praia.
    - Certo – disse Lara levantando-se – Rutland deve ter chamado por reforços. Temos que pousar o mais rápido possível.
    - A mata parece bem densa, senhorita. Vai ser difícil encontrar um campo regular onde eu possa pousar... Espere, o que é isso...?
    Lara aproximou-se da cabine para ver do que Constanza estava falando.
    - Senhorita, rápido, volte ao seu assento e aperte seu cinto!
    - O que...
    - Nós vamos dar um mergulho.
    Lara rapidamente voltou ao seu assento e mal tinha afivelado o cinto quando o avião fez uma violenta manobra para a direita. Um segundo depois, uma grande explosão e o avião começou a cair rapidamente: um míssil havia atingido a asa esquerda do jatinho.
    - Lara, o que está acontecendo? – gritava Zip ao headset, mas Lara mal podia escutá-lo com toda a turbulência e adrenalina.
    Tudo parecia um borrão. Lara ouviu Constanza gritar algo ao rádio e, um segundo depois um grande impacto. Tudo apagou.
    Som de água. O que estava acontecendo? Estava tudo gelado, apertado. Os ouvidos de Lara zuniam. Ela queria abrir os olhos mais não conseguia, a cabeça doía demais... Mais som de água. Ela estava se afogando?
    Lara abriu os olhos. Estava dentro da cabine destroçada do jatinho. A água estava na altura do seu peito. A aeronave havia sido atingida e eles caíram na água. Milagrosamente, Lara sobrevivera. Será que Constanza estava bem? Será que eles estavam perto da ilha? Quanto tempo havia se passado?
    Lara começou a agir. Tirou seu cinto e começou a nadar antes que a cabine terminasse de afundar. Conseguiu pegar sua mochila com todo seu inventário. Nadou até a cabine do piloto, que estava completamente submersa: o corpo de Constanza boiava contra o teto, decapitado. O vidro se estilhaçara, e lhe tirara a vida. Lara saiu pela parte da frente e nadou até a superfície. Respirou fundo. O avião se afastara da costa, mas era possível chegar facilmente a nado. Com muito esforço, Lara conseguiu nadar até a praia. Deitou-se na areia, exausta.
    - Maldito Rutland – disse Lara – Vai pagar por isso...
    Lara ouvia estática no seu ouvido, no headset. Depois, vozes tornaram-se nítidas.
    - Lara... Lara...? Lara?
    - Estou bem, estou viva – disse Lara.
    - Yeah! Gritou Zip.
    Exausta e dolorida, Lara levantou-se, abriu sua mochila e rapidamente cuidou de seus ferimentos. Colocou a mochila nas costas, sacou suas pistolas e aproximou-se dos helicópteros, onde estava a pessoa que atirara no jatinho. Havia pegadas ali, e como era de se esperar, seguiam para dentro da floresta.
    - Covarde... - disse Lara – Provavelmente só estava tentando assegurar que eu não saísse daqui, porque se quisesse mesmo explodir o jatinho... E agora Constanza está morto.
    - Constanza está morto? Perguntou Alister.
    - Sim, infelizmente – disse Lara, cheia de raiva.
    Lara notou que havia uma coluna de fumaça crescendo em direção ao céu do meio da floresta. Após uns segundos de silêncio, Alister disse:
    - Bem, acho que ele conseguiu. A não ser que roube um dos helicópteros de Rutland, agora você está presa aí em Madagascar.
    - Sim – disse Lara – Pior para ele.

    ******

    - Senhor, chegamos.
    Rutland tomou a dianteira e discretamente afastou a folhagem para espiar.
    Haviam chegado mesmo à tribo dos Sakalavas. Eles estavam ali, espalhados, numa grande área circular desmatada. Semi-nus, a maioria bem baixa. Pareciam primitivos. Havia várias cabanas de madeira e palha espalhadas pelo território.
    - Certo. Vamos cercas essa área inteira e, após o primeiro disparo, todos invadam e atirem. Não se importem nem com crianças, nem com mulheres, nem com idosos. Só atirem. A tática é assustar e conseguir as informações necessárias.
    Em alguns minutos, os homens haviam cercado a tribo. Rutland deu o sinal. O capanga ao seu lado disparou.
    No instante seguinte, a calmaria dos Sakalavas transformou-se no pior dos pesadelos. Os homens de Rutland atiravam em tudo que se movia. Gritos e disparos tomaram o lugar. Em pouco tempo, dezenas de Sakalavas, que tentavam responder com humildes flechas e estacas, tombaram mortos. A tribo pareceu se render. Rutland dirigiu-se ao grupo de sobreviventes, cercados pelos capangas.
    - Onde está o líder de vocês? Perguntou Rutland, em malgaxe. Não houve resposta. Rutland repetiu a pergunta em francês, e um dos homens amaldiçoou Rutland, mas estranhamente em português. Então, Rutland repetiu a pergunta em português.
    - Não o levaremos ao nosso líder – disse um dos Sakalavas.
    - Ou você nos leva, ou nós queimamos essa tribo e essa floresta inteira, e então seu líder não vai ter onde se esconder.
    Os sobreviventes ficaram calados. Depois começaram a cochichar entre si em um dialeto estranho. Um deles disse:
    - Nós o levaremos até ele.
    Ele levantou-se, e os homens apontaram a arma para ele. Nesse momento, rapidamente, um dos sobreviventes pulou sobre o homem que levaria os capangas até o líder, e começou a tentar asfixiá-lo.
    - Tirem esse louco de cima dele! Gritou Rutland.
    Um dos capangas deu uma coronhada no homem que tentava proteger a tribo, desacordando-o. O nativo que levaria até o líder levantou-se, com raiva, e recompôs-se.
    - Sigam-me.
    O homem seguiu para uma das cabanas, e abriu um alçapão. O líder estava ali, encolhido. Era um homenzinho menor que todos ali, com cabelos compridos trançados e completamente brancos, e olhos de um azul-leitoso – ele era cego.
    - Perdoe-me senhor, disse o Sakalava, curvando-se.
    Os homens arrancaram o líder do esconderijo e arrastaram-o para fora da cabana. Colocaram-o de joelhos.
    - Onde está o Templo do Sacerdote? Perguntou Rutland.
    O líder não respondeu.
    - Onde está o Templo do Sacerdote, com o Pergaminho do Tempo? Perguntou Rutland.
    O homem não respondeu. Rutland lhe deu um soco no rosto, fazendo-o cair no chão.
    - Responda!
    - O Pergaminho do Tempo não é para qualquer homem que o busca – disse o líder.
    - Eu não sou qualquer homem; cheguei até aqui e destruí toda a sua tribo. E se o senhor não me disser, o que restou do seu povo morre.
    Como líder da tribo, ele tinha que cuidar de todos ali. As escolhas não eram muitas. Mas ele bem sabia das consequências de dizer onde estava o pergaminho àquele homem. Ele fazia uma ideia, aliás, do que aconteceria em seguida, pois suas profecias raramente erravam.
    - O Templo fica à leste daqui, no vale – disse o homem, finalmente – Você acha que não é homem qualquer, que pode conseguir o que quer; Não irei te parar. Deixarei que veja o que o pergaminho pode fazer com seus próprios olhos. E então você irá se arrepender.
    Rutland observou o homem por uns instantes.
    - Bem, é o que vamos ver, não é?
    O walkie de Rutland fez um chiado. Depois, soou uma voz.
    - Sr. Rutland, Sr. Rutland...
    - Câmbio – disse Rutland.
    - Um jatinho se aproxima, senhor.
    - É Lara Croft?
    - Ainda não sei. Provavelmente, pois não são comuns vôos comerciais por essa rota. Quais são as instruções?
    - Atinja uma das asas da aeronave.
    - Entendido, senhor.
    Esse foi o fim da transmissão. Nos instantes seguintes, todos olhavam para o céu. De repente, um alto som de explosão soou, apesar de não ser possível ver nada. Rutland sorriu. Um dos mercenários perguntou:
    - Quais são as ordens, senhor?
    - Quero que você e o Smith fiquem pelas redondezas, patrulhando o caminho da praia até a tribo.
    - E o resto de nós, senhor? Perguntou outro capanga.
    Rutland olhou ao redor e para os Sakalavas sobreviventes. Finalmente, disse:
    - Queimem este lugar.

    ******

    Lara virou-se e encarou a floresta. Observou a faixa de fumaça vindo de dentro dela.
    - O que é isso? – perguntou Alister.
    - Rutland – disse Lara – Ele deve ter chegado à tribo.
    “Pobres Sakalavas”, pensava Lara, “devem ter sido queimados vivos por algo que talvez nem soubessem da existência”. Lara checou a bússola e conferiu a marcação que teria de seguir para chegar direto à fonte da fumaça. Após fazer isso, entrou na floresta.
    Conforme previra, não era possível ver a fumaça ali de dentro da floresta. Na verdade, ela era tão fechada e quente que mal podia se ver o claro céu azul acima das árvores, ou sentir a refrescante brisa do mar que Lara experimentara instantes atrás.
    - A fauna de Madagascar é uma das mais ricas do planeta – comentou Lara – Devemos ter algumas boas surpresas aqui.
    Ela estava certa. Não deram nem cinco minutos que ela começara a abrir caminho pela densa mata, seguindo sempre a marcação na bússola, e ela logo ouviu um ruído vindo de perto. Rapidamente, ela pegou a arma tranqüilizadora e um punhal. Lara parou e ficou em alerta.
    Novamente o ruído. Vinha da esquerda. Lara virou-se. A vegetação se mexeu. Lara deu um passo para trás e se preparou. Mais ruídos e, de dentro da mata, veio correndo um animal, que parou subitamente ao ver Lara.
    - O que é... isso? – perguntou Zip.
    O animal lembrava um gato, mas bem maior, com pelagem mais densa e escura, e mais comprido.
    - Chama-se fosa, Zip.
    - Parece inofensivo.
    - Não. É um carnívoro, e bem traiçoeiro e nervoso.
    Lara começou a recuar, pretendendo continuar seu caminho. O animal, porém, soltou um grunhido, e Lara parou novamente. Ela encarou o animal por um momento, e ai vieram mais sons da mata. Segundos depois, saíam timidamente várias fosas da mata, por todos os lados, como que cercando Lara.
    - Lara... – sussurrou Alister no headset.
    Lara foi dar um passo para trás e foi aí que uma das fosas tentou atacá-la. Por reflexo, ela atirou, e acertou no pescoço do animal, fazendo-o tombar adormecido na sua frente, instantaneamente.
    - Droga! Gritou Zip.
    Lara virou-se e começou a correr. Porém, fosas pareciam vir de todos os lados, e a arma tranqüilizante já não dava mais jeito. Então Lara teve uma ideia: subiu em uma árvore para ter uma visão melhor. Porém, as fosas começaram a subir também.
    - Chega – disse Lara.
    Ela sacou uma pistola e atirou para o alto diversas vezes. O som da arma assustou as fosas, e elas rapidamente se dissiparam.
    - Lara! Disse Alister – Você pode ter chamado a atenção dos homens de Rutland.
    - É, eu sei. Mas é melhor do que ser devorada por animais selvagens.
    Lara desceu da árvore, olhou a bússola e continuou seu caminho. A floresta tinha o solo mais irregular do que Lara achava que teria, e tinha certos trechos com depressões, e outros mais altos. Afastando-se mais da praia, a mata ficava mais aberta, e algumas partes a vegetação era rasteira, de onde era possível ver que Lara estava aproximando-se da faixa de fumaça, e provavelmente da tribo.
    Cerca de depois de quinze minutos de caminhada, onde após as fosas, a maior luta de Lara foi contra os insetos, ela ouviu mais sons vindos da floresta. E dessa vez eram vozes humanas. Lara parou e se escondeu atrás de uma árvore.
    - É... – disse uma das vozes – Melhor pararmos essa patrulha. Não vamos encontrar quem disparou aqueles tiros.
    - Isso se a pessoa não virou comida das fosas.
    - É... bravos aqueles bichos. Vai, vamos contatar o resto da equipe e seguir para o tal templo. Que perda de tempo...
    As vozes se afastaram e desapareceram. Lara procurou por rastros próximos para segui-los até o templo, mas não encontrou nada. Conformou-se em continuar a seguir a bússola.
    Cerca de dez minutos depois, a floresta começou a ganhar um aspecto enevoado: a fumaça.
    - Estamos perto! Disse Lara.
    A passos largos, Lara foi abrindo caminho entre as árvores cada vez mais rápido, a névoa ia ficando cada vez mais densa...

    ******

    Rutland tirou o celular do bolso. Milagrosamente havia sinal. Discou um número, esperou e falou:
    - Chegamos. Estamos aqui em frente ao Templo do Sacerdote.
    Pouco tempo após entrar no vale, apesar de complicações com um grupo de hipopótamos, onde Rutland perdeu alguns de seus mercenários, eles alcançaram o templo.
    - Ótimo – disse a voz do outro lado da linha – E Lara Croft? Notícias?
    - Ela conseguiu chegar a ilha. Parece que houve tiros e alguns homens meus estão procurando por ela. Dessa vez ela não vai escapar.
    - Lembre-se que as minhas ordens não foram...
    - Você realmente quer que Lara Croft vença novamente? Às suas custas?
    Não houve resposta. Rutland continuou:
    - Eu vou conseguir o pergaminho, como está no nosso trato, e esperar por ela no templo. E quando ela me encontrar, tentarei seguir suas ordens, mas caso contrário... será o fim da linha para ela.
    - Ou para você – disse a voz ao telefone. Rutland riu.
    - Sim, certo... – disse Rutland, debochando.
    A voz do outro lado disse, por fim:
    - Não a subestime, Rutland.

    ******

    Lara soltou uma exclamação. Chegara à tribo dos Sakalavas. Ou pelo menos o que sobrara dela: tudo o que havia agora era uma grande área coberta de cinzas, como um buraco feito por um cigarro gigante, além de algumas construções em ruínas, e outros montes que deveriam ter sido construções.
    - Vou checar se há sobreviventes – disse Lara – Tenho que conseguir informações de como chegar ao templo que aqueles homens falaram e que estava nas anotações de Rutland.
    Lara checou os restos das construções, pilhas e tudo mais que ainda poderia soterrar alguém, porém não havia sinais de vida. As cinzas já estavam mornas, Rutland e seus homens deveriam ter passado por lá já há algum tempo.
    Foi então que, ao sair de uma das construções que estava checando, Lara deu de cara com um homem baixinho, com cabelos totalmente brancos e trançados, semi-nu e cego, quase totalmente coberto de cinzas – obviamente, era um sobrevivente da tribo.
    O homem começou a sussurrar algo.
    - Que... que língua é essa? Perguntou Zip.
    - É português – disse Lara. E então começou a falar com o homem, em português:
    - O que aconteceu aqui?
    O homem olhou para Lara, aparentemente alucinado e, como se pudesse ver com seus olhos cegos, observou-a bem. Finalmente disse:
    - Não, você não é como ele.
    - Como quem? James Rutland?
    - Como o homem que veio desenterrar o que foi escondido há muito tempo.
    - O Pergaminho do Tempo, certo? Vocês contaram onde é o templo? Eles estão lá?
    - Nós não deveríamos ter contado. Mas não tivemos muita escolha, dissemos a eles para seguirem para o leste, para o vale, onde fica o templo. De qualquer maneira, ele verá com os próprios olhos o custo de suas ambições. Agora, a natureza irá se virar contra a Terra, e ele não saberá o que fazer – o Pergaminho não é para quem o quer roubar, é para quem é presenteado. Ele será derrotado por sua ingenuidade.
    - Mas o pergaminho não apenas oferece vida eterna à quem o tem? O que mais poderia dar errado além disso?
    O homem arregalou os olhos, como se Lara tivesse acabado de o ofender. Então disse:
    - Vida eterna! Como se o poder do pergaminho fosse apenas esse! Não, o pergaminho é perigoso demais sequer para existir! E o que acontecerá após ele ser desenterrado indevidamente será muito pior do que os pesadelos de qualquer um.
    Lara sentiu-se levemente confusa. Será que aquele era o único sobrevivente? Será que aquele homem estava louco? Será que era confiável? Será que os reais poderes do pergaminho explicariam a maldição, a doença misteriosa? Será que eram tão horríveis assim? Eram tantas perguntas em tão pouco tempo, que a única que Lara conseguiu organizar em palavras foi:
    - E o que irá acontecer?
    BOOOM.
    De repente, um som ensurdecedor de explosão soou dentre as árvores, e começou a se propagar e aumentar como se uma tsunami passasse por cima da ilha. Então a terra começou a tremer, e Lara, tampando os ouvidos com força e agachando-se, olhou para o céu, e para seu horror, viu que este havia ganhado uma cor verde fluorescente, quase branco. Um clarão maior e, numa fração de segundos, tudo aquietou-se e voltou ao normal.

    ******

    - Shhhh Alister – disse Zip – Quero ouvir o que ele está dizendo.
    - Mas você nem sabe falar português – disse Alister.
    - Shh! Disse Zip, nervoso.
    - Que cara estranho... – comentou Alister.
    Zip e Alister estavam observando atentos a tela do computador. Quem era aquele homem que Lara acabara de encontrar na saída da cabana em cinzas? Será que ele daria as informações que eles esperavam?
    - E o que vai acontecer? Perguntou Lara em português, na tela.
    Zip e Alister estavam atentos e apreensivos. Então notaram que a imagem congelara.
    - Mas que porcaria! Gritou Zip, furioso.
    Então, em uma fração de segundos, a tela apagou, e logo depois aparecia apenas estática.
    - Ah, o que é isso agora? Gritou Zip, mais furioso ainda, socando a mesa.
    - O que aconteceu? Perguntou Alister aflito.
    Zip começou a tentar a restabelecer a conexão novamente, sem sucesso.
    - Desgraça! Algo aconteceu, e não foi uma simples perda de comunicação.
    Passaram-se cinco minutos, nos quais Zip continuava a tentar insistentemente a comunicar-se com Lara, e Alister ficava nervoso, andando de um lado para o outro. Então,Winston gritou, chamando a atenção deles:
    - Venham ver isso!
    Ele havia ligado a TV no canal de notícias. Estavam mostrando uma imagem de satélite do sul da África e de Madagascar. A jornalista dizia:
    “Os meteorologistas não sabem explicar o fenômeno. Uma forte tempestade começou a formar-se sobre a ilha de Madagascar, e as nuvens muito densas de alguma maneira impedem as comunicações com o país. A Organização das Nações Unidas já está tentando buscar alguma solução...”
    Zip colocou as mãos na cabeça, balançando-a negativamente, e disse:
    - No que Lara foi se meter?

    ******

    Lara abriu os olhos e levantou do chão. O clarão e o barulho tinham feito com que ela se agachasse no chão com os olhos apertados e ouvidos tampados.
    Olhou ao redor. Ela estava ali, na destruída vila dos Sakalavas, porém o homem com quem estava conversando um minuto atrás desaparecera.
    Então notou que tudo estava mais escuro que o normal, e olhou para o céu. Ele estava coberto por nuvens tão carregadas que os raios de sol mal ultrapassavam, deixando o dia parecendo quase noite.
    - O que foi isso? Perguntou Lara, ainda meio atordoada. Foi aí que ela reparou que só havia estática no headset – sem sinal.
    - Droga.
    Lara ficou mais alguns momentos olhando ao redor, atordoada, tentando organizar os pensamentos, mas não havia tempo a se perder. Seguiria para o leste, para o vale, e chegaria no templo.
    Repentinamente, um som bem alto, parecido com um som de sucção, chamou a atenção de Lara. Ela olhou novamente para o céu: viu um pássaro sobrevoando o lugar onde ela estava. Mas não era um pássaro comum; era enorme. Chegava a dar medo. O pássaro continuou a trajetória, e sumiu de vista.
    - Sem tempo para mais distrações – disse Lara, e consultando sua bússola e sacando suas pistolas, entrou novamente na floresta, e começou a seguir para o leste.
    Ao andar pela floresta, Lara viu coisas horríveis: ainda perto da tribo, encontrou corpos carbonizados, outros não totalmente queimados. Alguns haviam tentado fugir subindo e escondendo-se nas árvores, mas foram baleados.
    O estranho som de sucção ecoou novamente dentre as árvores. Logo em seguida, gritos. E então, uma flecha passou raspando do lado de Lara, quase acertando-a.
    Lara sacou suas duas pistolas e começou a correr. Não via ninguém, mas flechas continuavam a sair de todos os lados. Escondeu-se atrás de uma árvore. Quando olhou para cima, viu que havia um Sakalava pronto para pular em cima dela.
    O homem gritou e soltou-se da árvore. Lara levantou sua pistola.
    BANG.
    Lara puxou o gatinho, porém o tiro não feriu o Sakalava – apenas atravessou-o. E, num piscar de olhos, o que era homem tinha agora se desfeito em fumaça.
    - Mas o que...
    Mais uma flecha errou Lara e passou por seu lado. Lara acompanhou o movimento da flecha com os olhos e, para seu horror, ela também se desfez em fumaça antes mesmo de acertar a árvore atrás.
    As flechadas pareceram cessar, e assim Lara tratou de sair o mais rápido possível daquela área. Em alguns minutos, ela chegou numa clareira, onde era possível ver claramente os dois morros que deveriam ficar ao lado do templo, distantes aproximadamente vinte minutos dali. Ela apressou o passo.
    Novamente o som de sucção.
    Dessa vez, Lara parou e sacou suas pistolas. Não ouviu gritos, e sim galhos quebrando: algum animal estava se aproximando. Lara preparou-se.
    Das árvores ao redor, apareceram várias fosas novamente. Porém elas não eram de tamanho normal, como Lara já havia enfrentado – eram enormes, com quase dois ou mais metros de comprimento.
    - Perfeito – disse Lara. Ela não perdeu tempo: tirou uma granada e lançou-a.
    BOOM.
    A explosão assustou as fosas e deu tempo para Lara correr e se esconder. Antes de correr, porém, notou que a fosa gigante que teria explodido não explodiu, e sim desaparecera num piscar de olhos.
    Lara não se importou e nem olhou para trás: começou a correr como pôde. Foi aí que sentiu um peso em suas costas, e que a fez tombar: um lêmure havia pulado sobre ela.
    - O que, por Deus, está acontecendo aqui nesse lugar?
    Lara afastou o macaco, e este gritou, nervoso. Mais lêmures começaram a cair das árvores, alguns inacreditavelmente dissipando-se no ar antes de atingirem o chão.
    Lara levantou-se e continuou a correr. Armou outra granada e atirou-a para trás.
    BOOM.
    Após a nova explosão, a floresta parecia ter se aquietado novamente. Lara chegara num riacho. Decidiu parar para tomar água e cuidar dos ferimentos. Havia um grupo de hipopótamos tomando água à distância, e Lara tomou cuidado para que não a notassem ali.
    Lara tirou o headset que havia guardado na mochila e testou-o:
    - Alister? Zip?
    Estática.
    - Tem alguém aí? O que diabos está acontecendo?
    Mais estática. Lara começou a testar outras freqüências. Mais e mais estática.
    Após alguns minutos ali, Lara ficou novamente de pé. Chegaria em pouquíssimo tempo no templo.
    Novamente o som de sucção. E, num piscar de olhos, começou a chover. Lara olhou ao redor. Os hipopótamos haviam ido embora. A chuva caía forte.
    - Ótimo.
    Lara seguiu seu trajeto. A vegetação começara a ficar mais espaçada, e era notável a grande presença de coqueiros. Alargou o passou. Ouviu um rugido vindo de trás – mais fosas.
    - Ah, de novo não.
    Lara, cansada, começou a correr como pôde. Chegaria rápido ao templo, acabara de entrar no vale, onde estava mais escuro ainda. Teve que ligar sua PLS. Enquanto corria, abria caminho entre as árvores e checava as fosas. Ainda ouvia o som delas por todos os lados. E mais gritos. E mais flechas voando. Só mais um pouco... Som de lêmures... O templo estava chegando perto... O som de sucção de novo... A chuva estava ficando cada vez mais forte... Som de trovão... trovão?
    Lara ultrapassou uma árvore à toda e inesperadamente deu de cara com o templo. Lá estava ele, as ruínas do Templo do Sacerdote: inteiramente de pedra, com colunas estranhamente semelhante às gregas e com a estranha escrita na pedra no topo, sustentada pelas três colunas, onde o símbolo do Pergaminho do Tempo estava em destaque. Meio exposto, meio engolido pela vegetação do vale, Lara se perguntava de quando deveria datar aquela construção.
    A chuva não dava trégua, nem a sinfonia de sons vindo da floresta. Ver o templo ali, para Lara, era quase uma dádiva, um oásis. Um alívio. Finalmente aquilo tudo acabaria, mesmo que bem ou mal. Era sempre uma grande recompensa chegar ao desfecho de suas aventuras – era por isso, e apenas por isso que ela levava essa vida a anos: pelo mistério da maneira como tudo acabaria cada vez.
    Lara observou os arredores do templo: onde estariam os homens de Rutland? Não havia marcas, nem pegadas, nem nada: a chuva havia levado tudo.
    Será que Rutland havia realmente chegado ali? Lara apostava que sim, e seu palpite era de que o clarão verde-fluorescente era culpa dele.
    - Bem, a única maneira de saber é entrando... Vamos lá.
    Lara aproximou-se do templo, escalou as pedras na sua frente e atravessou um dos dois portais.
    Era como um banho de água fria. A atmosfera no templo era completamente diferente da do lado de fora – parecia até outra dimensão.
    Tudo era como novo – as paredes e ouro eram forradas de hieróglifos e desenhos, e dali do topo da escadaria de onde estava, Lara conseguia ver nitidamente um homenzinho no centro do colossal salão do templo, e que também a observava.
    - Ora, James Rutland – disse Lara, com desprezo.
    - Lara Croft, você realmente conseguiu chegar até aqui – disse Rutland, cínico, com o Pergaminho do Tempo totalmente reconstituído e uma das mãos – Parece que nenhum truque consegue te parar.
    - É uma questão de competência, Rutland.
    Rutland riu.
    - Bem, veremos.
    E, dizendo isso, Rutland levantou o pergaminho na altura da cabeça e leu algumas palavras. Lara sacou suas pistolas.
    O barulho de sucção. De repente, um risco verde-fluorescente abriu-se no meio do salão, como que materializado no ar, e de dentro dele começaram a sair vários capangas de Rutland.
    - Infelizmente, Croft – uma das conseqüências de eu ter juntado o pergaminho foi a morte de todos os meus homens. Mas com o pergaminho, isso não é problema, é?
    Os capangas começaram a atirar. Lara começou a correr, fazer acrobacias, pular e atirar de volta. Alguns dos capangas viravam fumaça quando a bala os atingia, outros tombavam antes de desaparecer.
    Lara precisava chegar suficientemente perto de Rutland para tentar conseguir o Pergaminho, ou derrotá-lo com a Adaga de Hórus. Porém, isso era quase impossível com todos os inimigos que Rutland aparentemente invocava de outra dimensão com o Pergaminho do Tempo. Lara tentou então atirar em Rutland, porém a bala o atravessava e a ferida se fechava – ele realmente tinha tornado-se imortal. Lara teria que, definitivamente, separá-lo do pergaminho.
    Rutland continuava a materializar capangas e, em pouco tempo, animais, como as fosas gigantescas, lêmures e até o pássaro gigante que Lara viu. Ela os enfrentava sem grandes ferimentos – o problema não era tão grande quanto parecia: Rutland parecia não conseguir trazer o que quer que fosse inteiramente à essa dimensão, e os seres pareciam às vezes se distrair com algo que não existia ali, ou agiam como se nem realmente estivessem ali. E em pouco tempo, um tempo cada vez menor, pois Rutland parecia estar se cansando, tornavam-se fumaça.
    Lara começou a atacar apenas Rutland. Tiros, granadas, nada funcionava.
    - Não adianta, Croft! Dessa vez, você não ficará viva!
    Rutland materializou outra fosa gigante, e Lara pôs-se a escapar dela. Foi aí que teve a ideia.
    Lara começou a correr na direção de Rutland com a fosa a seguindo. Lara saltou sobre Rutland e este, para evitar ser derrubado pela fosa, pulou para o lado, caindo no chão. Lara armou uma granada e jogou-a na direção de Rutland.
    BOOM.
    O impacto da explosão, pela qual Rutland não esperava, separou-o do pergaminho. Era a chance de Lara.
    - NÃÃO! Gritou Rutland.
    - Fim da linha, Rutland – disse Lara.
    Ela deu um tiro na fosa, que transformou-se em fumaça, correu, saltou e tirou a Adaga de Hórus da bota. Ainda no ar, Lara esticou o braço, com a adaga em punho, e aterrissou, cravando-a certeira no centro do Pergaminho do Tempo.
    BOOM.
    O clarão verde-fluorescente e o ruído ensurdecedor inundou o colossal salão do Templo do Sacerdote. Lara sentiu seu corpo sendo erguido do chão e ser atirado para longe. O som ficava cada vez mais alto, Lara não enxergava mais nada...

    ******

    Lara abriu os olhos. Não enxergava nada, estava muito escuro. O que acontecera? Fora um sonho? Lara reordenou os pensamentos, e ligou sua PLS.
    Conseguiu ver e se lembrar de onde estava. Estava deitada no Templo do Sacerdote, que agora parecia milênios mais velho e desgastado. A uma certa distância de seus pés, havia cinzas, e a Adaga de Hórus, também coberta por cinzas. Não havia sinal de Rutland.
    Lara levantou-se e subiu a enorme escadaria. Saiu do templo. Era uma bela noite do lado de fora, o céu estava limpo e o clima era quente. Ela testou o headset.
    - Alister? Zip?
    Estática. Depois vozes pouco nítidas.
    - Alguém aí?
    - ...Lara? - a voz de Zip soou clara.
    - Zip? Você está aí?
    - Alister, Winston, é a Lara mesmo! Ela está viva! Wow... Lara, você não tem noção do que aconteceu logo que perdemos a comunicação...
    - Ah, acho que tenho sim Zip... Melhor que você, até!
    Zip riu.
    - O que aconteceu aí Lara? Pegou Rutland? Perguntou Alister.
    Lara começou a pensar em tudo que ocorrera. Aquilo nem parecia mais real.
    - Vamos ter bastante tempo para trocar histórias, rapazes – disse Lara, por fim – Agora, só quero saber o que Winston irá preparar para o banquete, quando eu voltar para casa.

    ******

    HORAS DEPOIS, OCEANO ÍNDICO

    Amanda andava com pressa pelos corredores do navio. Estava muito nervosa. Não acreditava naquilo, como ele falhara?
    Chegou em frente à uma porta de metal. Abriu-a, revelando uma grande sala com um enorme cilindro de vidro no centro. Amanda se dirigiu ao cilindro, e bateu nele. Depois disse:
    - Ele voltou.
    - Traga-o aqui – disse a voz dentro do cilindro.
    Em alguns minutos, um Rutland cheio de ferimentos entrou na sala. De dentro do cilindro, Natla perguntou:
    - Conseguiu o pergaminho?
    - Consegui, mas Lara Croft estragou tudo.
    - Idiota! Como permitiu...?
    - Eu tentei matá-la, mas...
    - Eu não dei ordens para matá-la! Era para capturá-la!
    - Ei! Não esqueçam que eu dou as ordens por aqui, caso tenham esquecido – gritou Amanda – E agora é tarde demais para discussões. O que faremos agora?
    Houve um momento de silêncio.
    - Há outras maneiras de se chegar à Avalon – disse Natla pensativa – Ligue para Anaya. Eu já tenho outro plano.


    FIM

      Data/hora atual: Sex 26 Abr 2024, 16:00